Esquema de Tráfico de Cocaína camuflada em flores avaliado em R$ 200 Milhões é desmantelado no DF

Operação Oleandro desmantelou organização criminosa que utilizava flores para transportar drogas

Por Redação com informações de Metropóles 19/12/2024 - 09:52 hs
Foto: Ilustração/ Internet


Na manhã desta quinta-feira, 19 de dezembro, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou um sofisticado esquema de tráfico de drogas que despejava centenas de quilos de cocaína nas regiões administrativas da capital. Em apenas dois anos, a organização criminosa, alvo da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), movimentou impressionantes R$ 200 milhões com a venda de cocaína e skunk.

 

 

Detalhes da Operação Oleandro


As investigações, batizadas de Operação Oleandro—nome inspirado em uma planta tóxica que pode causar sérios danos à saúde—revelaram uma estrutura bem definida, onde cada membro desempenhava funções específicas. O grupo transportava grandes quantidades de cocaína camufladas em carregamentos de flores provenientes de Holambra, em São Paulo.

 

Cerca de 200 policiais participaram da operação, que cumpriu 23 mandados de prisão temporária e 46 de busca e apreensão. As ações ocorreram em diversas localidades, incluindo Ceilândia, Samambaia, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Gama, além de cidades em São Paulo, Foz do Iguaçu (PR), Valparaíso (GO) e Goiânia (GO).

 

Estrutura Criminosa e Lavagem de Dinheiro


Além das prisões, a operação solicitou o bloqueio de 20 contas bancárias, limitadas a R$ 10 milhões. Em relação às empresas utilizadas para lavar o dinheiro do tráfico, o bloqueio poderá chegar a R$ 100 milhões. A investigação identificou que o líder do esquema reside em um condomínio na Ponte Alta, no Gama, e sua esposa, que gerenciava as finanças da organização, também foi detida.

 

 

A estrutura criminosa contava com pelo menos três empresas de fachada localizadas em São Paulo, criadas especificamente para a lavagem de dinheiro.

 

Mecanismo de Transporte das Drogas


Um motorista, empregado de uma floricultura do DF—sem vínculos com o tráfico—aproveitava suas viagens a São Paulo para buscar flores e misturava as drogas entre os ramos das plantas, tentando despistar a fiscalização nas rodovias. Ao chegar ao DF, a droga era rapidamente distribuída entre pequenos traficantes que vendiam cocaína e maconha no varejo. O motorista recebia R$ 1 mil pela carga e mais R$ 3 mil ao entregar a droga com sucesso.